quarta-feira, 16 de maio de 2012

Comunicação Escrita ???



“Em 1988 uma pesquisa feita nos EUA mostrou que 79% dos executivos entrevistados citaram a escrita como uma das habilidades mais negligenciadas no mundo empresarial, contudo uma das mais importantes para produtividade.

Em 1992, uma pesquisa feita pela Associated Press com 402 companhias mostrou que os executivos identificaram a redação como a habilidade mais valorizada em um empregado, mas disseram que 80% dos seus empregados em todos os níveis precisavam melhorar seus textos.” (1)




Diante desses dados, entende-se que a comunicação escrita é uma ferramenta indispensável para qualquer profissional, além de ajudá-lo a desempenhar seu papel na função que exerce.
Muitas secretárias, por exemplo, possuem um vasto conhecimento profissional , entretanto, quando precisam utilizar a comunicação escrita, apresentam diversas dificuldades. Hoje, a comunicação dessas profissionais é feita cada vez mais por e-mail, fax, internet, cartas, memorandos e, em diversas situações, necessitam delegar tarefas e dirigir pessoas. Contudo, como poderão gerir pessoas se não souberem como transmitir a elas o que desejam, diretrizes e incumbir tarefas, por meio da comunicação escrita?
Por outro lado, mesmo sabendo como utilizar novas tecnologias e tendo o pleno domínio da informática, o desafio é em se fazer entender de maneira concisa, clara, coerente, coesa, correta e elegante.

“Não é só o veículo que usamos para nos comunicar que conta, mas também a forma, o conteúdo e a linguagem que utilizamos para isso”. (2)

Podemos perceber a importância da comunicação escrita, por exemplo, na redação empresarial/comercial. Por meio dela, é possível uma empresa:
SOLICITAR: requisitar, requerer, pedir, rogar, rogar com insistência, com urgência
INFORMAR: avisar, instruir, confirmar, dar parecer sobre o assunto
DOCUMENTAR: juntar documentos a, provar determinado fato com documentos
Todavia, para que isso aconteça, é necessário (como já mencionado) concisão, clareza, coerência, coesão, correção e elegância. Segundo Fernandes e Dourado (3), essas qualidades tornam a comunicação escrita eficaz, que está apoiada num tripé, ilustrado pela figura abaixo:
  • Tornar o pensamento comum é ser claro.
  • Persuadir é atrair, motivar o leitor a crer ou a aceitar determinada informação, respondendo-nos favoravelmente.
  • Produzir respostas é fazer com que o leitor nos responda.
Elas explicam, ainda, que na prática ocorrerão interferências que poderão nos atrapalhar, prejudicando a produção do texto:
Física: dificuldade visual, má grafia, cansaço etc.
Cultural: palavras ou frases ambíguas e/ou complicadas, diferenças de nível social etc.
Psicológicas: agressividade, aspereza, antipatia (falta de expressões persuasivas).
Contudo, é possível evitar essas interferências conhecendo as seis peças da estrutura da comunicação:
  1. Remetente, emissor ou locutor: quem envia a mensagem.
  2. Destinatário, receptor ou alocutário: quem recebe a mensagem e deve produzir uma resposta para o remetente.
  3. Código: Língua Portuguesa. Usam-se palavras claras, objetivas para obter respostas rápidas e uniformes.
  4. Repertório: valores, conhecimentos culturais, geográficos e afetivos presentes em cada indivíduo.
  5. Mensagem: conteúdo enviado de forma atraente ao destinatário a fim de estimulá-lo a produzir uma resposta.
  6. Veículo: é o modo pelo qual o remetente irá “conduzir” a mensagem, através de relatórios, CI, fax, bilhete etc.
Por isso, “todos os grandes escritores afirmam que a leitura é a base da arte de escrever. Ler é interpretar símbolos gráficos de maneira a compreende-los; a leitura, constitui uma das cinco atividades fisiológicas básicas (pensar, falar, ouvir, escrever e ler). Essas atividades linguísticas estão relacionadas entre si: o pensamento é expresso pela fala, recebido pela audição, gravado pela escrita e interpretado pela leitura. Mas apesar desta relação, escrever e falar exigem técnicas diferentes. Por mais perfeita que seja, a transcrição da fala para a escrita não consegue fazer com que esta atinja o colorido da fala”. (2)
Portanto, “a maior dificuldade está em transformar as idéias em texto utilizando palavras corretas no momento certo. Muitas vezes, acreditamos que a palavra não expressa suficientemente o que ela quer dizer e o texto acaba reunindo uma fileira de palavras com mesmo sentido ou que não se relacionam entre si. “. (2)
Enfim, utilize-se de todos os recursos possíveis para que a comunicação escrita tenha o seu objetivo alcançado.
Por Daniela P. Venegas
Referências:
(1) MUNDO VESTIBULAR. A importância da comunicação.
(2) ATTENDER. Comunicação escrita.
(3) Fernandes, Cláudia Silva; Dourado, Marisa dos Santos. Português ao alcance de todos – Gramática e redação comercial sem mistérios. São Paulo, iEditora, 2002.

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